terça-feira, 23 de junho de 2009

Entre elas


Gente, como eu adoro mulher!
Adoro estar perto de mulher. Posso até dizer, sem falsa modéstia, que me saio muito bem entre elas. Minha mãe diz que eu sou um mulherengo que não pode ver um rabo de saia. Discordo. Tudo bem, eu assumo que sou um pouquinho sim, mas de uma forma bem sadia, como tudo na vida deve ser.

Fui criado em uma casa onde mulher era maioria: minha mãe, minha avó, duas irmãs. Somente eu e meu irmão de homens na casa.
Os anos passaram e o progresso feminino continua por aqui. Meu irmão é pai de três meninas: Anna Rachel, Anna Esther e Anna Isabel (eu sei, ele tem mesmo uma enorme criatividade pra nomes). Minha irmã Elísia deu à luz uma florzinha chamada Maria Luíza. Definitivamente o reinado é feminino. Mas voltando a falar da minha infância nesta casa... Então... Minha mãe tinha um salão de beleza que funcionava em casa mesmo e isso aumentava ainda mais a freqüência feminina. Lembro das freguesas lindas que iam fazer as unhas, cabelos, maquiagem e etc. Eu me lembro de uma que tinha os pés mais lindos que havia visto na infância. Quando ela chegava e já havia uma fazendo as unhas, ela aguardava com os pés de molho em água morna. Eu não resistia e dizia que para os pés ficarem mais relaxados, era bom massageá-los. Eu adorava aqueles longos minutos acariciando aqueles lindos pés.

Foi nessa época que me dei conta de que mulheres possuem detalhes que deixam os homens de queixo caído (pelo menos o meu fica).
O jeito que elas mexiam nos cabelos, levantando-os até o alto revelando a nudez da nuca... Alguns fios escapavam das mãos e caiam soltos, era com se a cena rodasse em câmera lenta.
Outra coisa que eu reparava, era que as mulheres que tinham as unhas dos pés e das mãos sempre bem-feitas, eram aquelas que se cuidavam mais. Podem reparar.

Sou apaixonado por mulher e isto é um fato. A riqueza de detalhes que elas possuem é impressionante As simétricas curvas do corpo. Algumas bem rápidas, enquanto outras são ligeiramente longas e acentuadas. Desenham a leveza do corpo. E o que dizer dos sinais? Parece que foram salpicadas por constelações de estrelas.

Aprende-se muita coisa sobre mulher quando se está entre elas.
Todas querem ser ouvidas, tratadas com carinho e respeito (mas a pegada tem que ser forte. Não faça corpo mole). Querem homens que possam ser seu porto seguro quando tudo parece ruir... Sem essa de sexo frágil, mulher agüenta muito mais do que podemos imaginar. São delicadas? Sim! Mas frágeis jamais. Se quiser pode procurar no dicionário. Frágil e delicado são duas palavras bem distintas, só se igualam na fraqueza... E quem de nós, independentemente de sexo, não tem seus momentos de fraqueza?
Quem é frágil mostra sua fraqueza no físico, enquanto que o delicado se sente fraco em seus sentimentos, mas logo se anima o espírito.

Sou fã irremediável. Solteiras, casadas, viúvas, desquitadas, separadas, resolvidas, (outras nem tanto), sofisticadas, baladeiras (tchutchucas e afins), caseiras, sonhadoras, realizadas, loucas, bi-polares, desequilibradas (no salto e na vida), centradas, resolvidas, [RE]vividas, entendidas, confusas, simples, papagaiadas, as de língua solta, as introspectivas, descaradas, taradas e santas do pau oco.

A lista é bem mais longa e o universo feminino é a infinidade de todas as mulheres em uma.
Um beijo pra todas vocês.


[ A musa inspiradora na foto é Norah Jones]

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Politicando...

Alô gente!


Hoje a minha noite foi um pouco política. Fui ver o prefeito de meu município (Sandro Mattos) fazer uma palestra na quadra de uma escola perto de minha casa.
Confesso que estava meio relutante em ir vê-lo, pois sua visita me soava um tanto redundante, uma vez que todos nós sabemos quais são os problemas que devem ser enfrentados de uma forma coletiva e não individual. Mas ele bem que falou coisas pertinentes. Desenvolvimento sustentável, escolas informatizadas, obras espalhadas por toda a cidade, saúde... E blá, blá, blá.
Um ponto que chamou minha atenção foi quando disse que o salário que ele, seus secretários, subsecretários e vereadores recebem, são montantes de dinheiro arrecadado do povo, ou seja, se somos nós que pagamos - já que eles vivem dizendo que são nossos empregados - por que não é nosso (deveria ser) o poder de estipular o salário absurdo que eles recebem? Parece-me que a relação custo/benefício não é muito vantajosa para nós.
Outra coisa que também reparei demais foi a pontualidade britânica (estou sendo sarcástico) dos homens de confiança do prefeito. O homem já falava há horas e eles foram chegando depois, atrapalhando um pouco a palestra. Gozado. Se não respeitam nem a pessoa do prefeito, quem dirá a de nós munícipes.
Sandro Mattos aparenta ser um homem visionário, mente aberta. É novo, bem apessoado - aparência não conta - e percebe-se nele uma ansiedade por mudanças.
No mais, foi bem legal ver a participação e o interesse das pessoas com a política, tirando alguns chatos (sempre tem uns). Alguns anotavam o que o prefeito dizia (com certeza pra cobrar depois), outros eram verdadeiros chatos de galocha. Só faltavam gritar: "Viva o prefeito!". Ô bizarrice!
Eu não fiquei até o fim. É que as ruas aqui não são muito confiáveis à noite. E, afinal de contas, eu não ando dentro de um carro cheio de seguranças, não é Seu prefeito?! Uma boa sorte pra ti.

beijo gente!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Antes de Partir (minhas loucas ideias)


Assisti ao filme "Antes de Partir", com os atores: Morgan Freeman e Jack Nicholson (não propriamente junto com eles... É claro.). O filme mostra a história de dois homens com doenças em fase terminal. Dentro dessas condições, eles fazem uma lista de coisas que nunca imaginaram fazer (pelo menos quando gozavam sua juventude não realizaram). Algumas vezes me pego em meu silêncio e me vejo direcionado a um grande acontecimento (ou talvez me sinta assim somente). Fico constantemente me perguntando se um dia farei algo grandioso e no que seria isso. Será algo que me traga popularidade e fama ou algo que seja ínfimo à primeira vista, mas que tenha um grande valor e significado?

Significado... Lembrei de um trecho do filme que chamou bastante a minha atenção. O trecho dizia que há uma crença egípcia em relação à morte. Eles (os egípcios) acreditam que quando estivermos diante dos portões do paraíso, nos farão duas perguntas cruciais:
(1ª) "Você encontrou felicidade em sua vida?"
(2ª) "Você proporcionou felicidade à vida de outras pessoas?"
Pensou? Respondeu? Com certeza é uma filosofia muito interessante e nos leva a pensar.
Algumas de nossas buscas pelo "grandioso", por serem tão pessoais, acabam fechando nossos olhos de modo que não prestamos atenção aos que estão à nossa volta.

Todos nós pensamos em realizar coisas que nos tragam satisfação pessoal (é um pensamento clássico na mente de cada indivíduo). Todos pensam, trabalham suas ideias para que não sejam meros espectadores em um cenário repetitivo, mas não podemos esquecer que neste grande cenário, nós não atuamos sozinhos. A rotina pode ser a mesma, mas as personagens são diversas.

Tento imaginar e compreender qual será o ato grandioso que irei fazer e quantas pessoas se beneficiarão dele (além de mim).
Só tenho algumas palavras escritas nesse blog e em algumas folhas de papel. Quem sabe eu às espalhe pelas ruas, colando-as nas paredes e muros de cada esquina... Uma ínfima atitude que faça germinar ideais na mente de alguém. Isso seria grande.

domingo, 7 de junho de 2009

modelo fast-food de relacionamento

Já ouviram falar de “amigos de aluguel”? Pois é. Essa nova modalidade está em alta. Um grupo de amigos de São Paulo teve a idéia e resolveram colocar na rede. E o pior, tem gente que paga. Se você se sente sozinho em determinados períodos da vida, pode alugar um amigo por trinta minutos, uma semana ou quanto tempo você precisar. Basta pagar a bagatela de R$ 150,00(a partir de).

Eu costumo chamar tais discrepâncias de “modelo fast-food de relacionamento”. Sexo, aluguel de amigos, conselheiros amorosos e sexuais... Pegue o quanto puder, consuma e seja feliz (mesmo que por alguns minutos).
Fico impressionado como as pessoas têm fugido de relacionamentos reais, pelo contrário, essas pessoas têm migrado cada vez mais para relacionamentos de consumo. Não exigem dedicação total – até porque não se tem tempo e, tempo no mundo dos negócios é dinheiro – nem sofrimento. Mas como todo fast-food que se preza, o sofrimento vem a prazo... Longuíssimo prazo.

Os conceitos e valores de um bom relacionamento, seja ele de amizade ou de romance, estão pobres, gastos, desvalorizados e banalizados.
Vivemos uma “evolução” social que empobrece a cada dia os bons costumes.
Visamos mais os lucros capitais do que os lucros de uma convivência social. Émile Durkheim –filósofo francês- acreditava na ação de bom senso entre as pessoas, onde todos deveriam agir com justiça uns para com os outros, mas num mundo onde o capitalismo reina absoluto, essa visão romântica de Durkheim não se adéqua à realidade em voga.

Trata-se de soluções capitalistas pra mentes cada vez mais consumistas. Tudo se tornou vendável. Tudo tem um valor agregado no mercado, das coisas mais supérfluas aos sentimentos mais humanos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ser feliz? Sim, senhor!


Assisti ao filme "Sim, senhor!" com o ator Jim Carrey. Trata-se de um sujeito que se separou da mulher e vive agora num mundo fechado, sem tempo pros amigos e vive dizendo não pra todas as oportunidades da vida. Até que um dia ele se recruta em um desses programas de auto-ajuda onde ele tem que dizer sim pra todas as situações que se apresentam diante dele. A riqueza de oportunidades que aparecem são incríveis.

É impressionante, o simples ato de dizer "sim" abre um leque com uma gama de oportunidades que de repente eu ou você nunca imaginaríamos viver.
Passamos a maior parte do nosso tempo atolados em compromissos, responsabilidades que sempre nos estressam e nos deixam esgotados e, quando aparece aquela oportunidade que temos pra relaxar, curtir, estamos cansados demais e acabamos dizendo um sonoro NÃO. Uma pena. De repente, aquela seria uma oportunidade de um acontecimento grandioso, mas nunca iremos saber por que não a vivemos.

Buscamos uma vida feliz e equilibrada, mas vivemos em stand by, meio desligados e acabamos como meros espectadores vendo as oportunidades passarem. O filósofo Sêneca dizia que a vida feliz é um resultado de espírito livre. Imagine os caminhos que você faz. São sempre os mesmos? Por que não mudar a trajetória, ou ir pelo caminho mais longo. Já pensou na oportunidade de ver coisas, pessoas diferentes?
Trata-se de uma liberação do peso das responsabilidades.

Experimente dizer sim para as situações que se apresentarem. Claro que tudo deve ser pesado e julgado, desenfreado demais ocasionam situações um tanto desconfortáveis.
Diga sim a um amor que a primeira vista pareça ser impossível. Diga sim a sua vida e a vida dos outros. Respire e viva as oportunidades de forma intensa. Ame, dê carinho, pratique uma reflexão, sim. Seja cordial com quem você nunca viu na vida. Se abra, se liberte, distribua sorrisos, acrescente um pouco de você nas pessoas e se deixe ser acrescido por elas. Viva as novas oportunidades, pois as que se passaram, não voltam mais.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Devastação da Calma


As nuvens surgiam densas

Por todo lado da serra

Como montanhas suspensas

Com fímbrias da cor da terra

A terrível saraivada

Caia tão arrojada

Parecia um desespero

O zigue-zague em seu jogo

Fingiam cobras de fogo

Brigando no nevoeiro

Fortes colunas de vento

Vinham desequilibradas

Num grande deslocamento

Em ondas desencontradas

As árvores se retorciam

Línguas de fogo desciam

Com toda brutalidade

O globo todo aluía

Parecendo que fugia

Aos sopros da tempestade
( Cordel do Fogo Encantado )

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tempo gris, uma taça de vinho e pensamentos no papel



Lápis, papel... Provo o vinho, a manhã tem o tempo nublado e as ideias começam a surgir. Prefiro o tempo nublado. Sem chuva, mas nublado. O céu ganha uma tonalidade diferente, tons em gris diferentes uns dos outros que me fazem lembrar das pessoas que amo, viagens que fiz, momentos de minha infância. Um dia ensolarado também me remete à essas lembranças, mas, em dias nublados, elas parecem mais evidentes, quase que tocáveis, a saudade e nostalgia ganham um sabor um pouco mais refinado, apreciado... Poético.

Lembro de coisas tão corriqueiras, pequenas, mas que tem um valor muito significativo, como: o sorriso e carinho de uma grande amiga(Ariane), viagens à "terra da garoa"... Todos desciam do ônibus vestidos com casacos, eu era o único que gostava de sentir o frio, o vento gelado e cortante sobre meus braços e meu rosto. Lembro do olhar profundo de minha avó, que parecia buscar uma reminiscência. Lembro de quando minha mãe se levantava pela manhã, bem cedinho pra regar as plantas, e eu, com oito ou nove anos ia atrás dela pra tomar "banho de borracha" junto com as plantas. Lembro de quando andava de mãos dadas com minha irmã, Elisia. Brigávamos muito - coisas de irmão -, mas nossas conversas eram muito interessantes.

Dias nublados me fazem sentir mas humano, afável. Dias nublados alteram meu paladar, tato, olfato... Meu modo de ver o exterior, coisas, pessoas (e seus gestos) que estão à minha volta. Sinto a necessidade de consumir mais ideias literárias, ouvir mais músicas e escrever alguns pensamentos.

Nota-se que adoro as coisas simples e inusitadas da vida: gestos, pequenos detalhes. Dias nublados são muito influentes (risos).