sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ser feliz? Sim, senhor!


Assisti ao filme "Sim, senhor!" com o ator Jim Carrey. Trata-se de um sujeito que se separou da mulher e vive agora num mundo fechado, sem tempo pros amigos e vive dizendo não pra todas as oportunidades da vida. Até que um dia ele se recruta em um desses programas de auto-ajuda onde ele tem que dizer sim pra todas as situações que se apresentam diante dele. A riqueza de oportunidades que aparecem são incríveis.

É impressionante, o simples ato de dizer "sim" abre um leque com uma gama de oportunidades que de repente eu ou você nunca imaginaríamos viver.
Passamos a maior parte do nosso tempo atolados em compromissos, responsabilidades que sempre nos estressam e nos deixam esgotados e, quando aparece aquela oportunidade que temos pra relaxar, curtir, estamos cansados demais e acabamos dizendo um sonoro NÃO. Uma pena. De repente, aquela seria uma oportunidade de um acontecimento grandioso, mas nunca iremos saber por que não a vivemos.

Buscamos uma vida feliz e equilibrada, mas vivemos em stand by, meio desligados e acabamos como meros espectadores vendo as oportunidades passarem. O filósofo Sêneca dizia que a vida feliz é um resultado de espírito livre. Imagine os caminhos que você faz. São sempre os mesmos? Por que não mudar a trajetória, ou ir pelo caminho mais longo. Já pensou na oportunidade de ver coisas, pessoas diferentes?
Trata-se de uma liberação do peso das responsabilidades.

Experimente dizer sim para as situações que se apresentarem. Claro que tudo deve ser pesado e julgado, desenfreado demais ocasionam situações um tanto desconfortáveis.
Diga sim a um amor que a primeira vista pareça ser impossível. Diga sim a sua vida e a vida dos outros. Respire e viva as oportunidades de forma intensa. Ame, dê carinho, pratique uma reflexão, sim. Seja cordial com quem você nunca viu na vida. Se abra, se liberte, distribua sorrisos, acrescente um pouco de você nas pessoas e se deixe ser acrescido por elas. Viva as novas oportunidades, pois as que se passaram, não voltam mais.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Devastação da Calma


As nuvens surgiam densas

Por todo lado da serra

Como montanhas suspensas

Com fímbrias da cor da terra

A terrível saraivada

Caia tão arrojada

Parecia um desespero

O zigue-zague em seu jogo

Fingiam cobras de fogo

Brigando no nevoeiro

Fortes colunas de vento

Vinham desequilibradas

Num grande deslocamento

Em ondas desencontradas

As árvores se retorciam

Línguas de fogo desciam

Com toda brutalidade

O globo todo aluía

Parecendo que fugia

Aos sopros da tempestade
( Cordel do Fogo Encantado )

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Tempo gris, uma taça de vinho e pensamentos no papel



Lápis, papel... Provo o vinho, a manhã tem o tempo nublado e as ideias começam a surgir. Prefiro o tempo nublado. Sem chuva, mas nublado. O céu ganha uma tonalidade diferente, tons em gris diferentes uns dos outros que me fazem lembrar das pessoas que amo, viagens que fiz, momentos de minha infância. Um dia ensolarado também me remete à essas lembranças, mas, em dias nublados, elas parecem mais evidentes, quase que tocáveis, a saudade e nostalgia ganham um sabor um pouco mais refinado, apreciado... Poético.

Lembro de coisas tão corriqueiras, pequenas, mas que tem um valor muito significativo, como: o sorriso e carinho de uma grande amiga(Ariane), viagens à "terra da garoa"... Todos desciam do ônibus vestidos com casacos, eu era o único que gostava de sentir o frio, o vento gelado e cortante sobre meus braços e meu rosto. Lembro do olhar profundo de minha avó, que parecia buscar uma reminiscência. Lembro de quando minha mãe se levantava pela manhã, bem cedinho pra regar as plantas, e eu, com oito ou nove anos ia atrás dela pra tomar "banho de borracha" junto com as plantas. Lembro de quando andava de mãos dadas com minha irmã, Elisia. Brigávamos muito - coisas de irmão -, mas nossas conversas eram muito interessantes.

Dias nublados me fazem sentir mas humano, afável. Dias nublados alteram meu paladar, tato, olfato... Meu modo de ver o exterior, coisas, pessoas (e seus gestos) que estão à minha volta. Sinto a necessidade de consumir mais ideias literárias, ouvir mais músicas e escrever alguns pensamentos.

Nota-se que adoro as coisas simples e inusitadas da vida: gestos, pequenos detalhes. Dias nublados são muito influentes (risos).