quarta-feira, 17 de março de 2010

Frases, palavras e o silêncio de uma amizade...




Um dia desses, estava lendo uma postagem no blog do meu amigo, Valdeir[http://www.ponderantes.com.br/], e a postagem tratava do peso que tem uma palavra.
Qual seria o peso da palavra? E qual seria o peso de uma frase inteira, dita ou escrita sem pensar?
Na minha cabeça, FRASE e PALAVRA têm dois pesos e duas medidas.
Pensando nisso, fui buscar a essência de ambas.

FRASE: Reunião e palavras que formam sentido completo; sentença; locução; expressão.
PALAVRA: Fonema ou grupo de fonemas com uma significação; modo de falar; promessa ou garantia verbal que se dá a alguém

FRASES ou PALAVRAS mal ditas ou escritas machucam, e muito. Mas a FRASE, destinada a ferir, dita irracionalmente tem um cunho agressivo; uma poesia dotada de farpas venenosas que tem como alvo e intenção magoar, ferir, fazer sangrar a alma.

Inúmeras vezes fui - e agora recentemente - alvo de frases desse tipo. E também já proferi diversas. Não sou nenhum santo, e sou o primeiro a atirar-me pedras pra que sirva de exemplo e lição.
PALAVRAS ou FRASES encorpadas de raiva, vingança ou pirraça tem o poder de mudar completamente a maneira com que os relacionamentos - sejam eles amorosos, amigáveis ou profissionais - caminham.
A reconciliação existe. É um fato. Mas ainda assim a coisa muda um tanto de figura. Ainda mais quando são proferidas por reincidentes.

Dizem que uma amizade resiste a mais forte tormenta. Pode até ser verdade. Acredito! Mas os fortes ventos das PALAVRAS e FRASES ditas com irresponsabilidade, arrancam as árvores, telhados, devasta os campos floridos... que para se reconstruir, leva um certo tempo.

segunda-feira, 8 de março de 2010

O dia da desforra

Hoje pela manhã, o noticiário, dentre tantos assuntos, ressaltou o desespero de famílias humildes que perderam parentes, suas casas, sua esperança por causa da torrencial chuva que veio sobre a cidade do Rio de Janeiro, no sábado.
Uma das imagens que mais me deixou triste, foi a de um garoto, que deveria ter uns 9, 10 anos de idade. Estava encostado no carro do corpo de bombeiros e sua esperança, de ver a mãe retirada com vida dos destroços da casa, se esvaía junto com suas lágrimas. Infelizmente a mãe do menino não resistiu e morreu.
A câmera muda de foco e lá está uma mulher com um choro agonizante. No outro canto da tela, um homem leva as mãos até a cabeça - imagino que ele devia ser o provedor de sua casa, de sua família - num ato que demonstrava desespero, desamparo, inutilidade.

O ano de 2010 começou como o ano da fúria. Haiti, Chile,chuvas torrenciais em São Paulo, Rio e em outras tantas localidades.
Essa última tragédia, no Chile, mostrou que é um pais com um Governo preparado pra uma catástrofe que ocorre todos os anos. E aqui? Até quando nosso Governo vai assistir omisso, estático a destruição que as chuvas de verão fazem todos os anos? Um repórter disse que as autoridades não fazem um trabalho sério interditando os acessos às encostas. Acontece que o problema é muito mais do que só interditar os acessos, o problema é a desigualdade disseminada. Os menos favorecidos sofrem e pagam com suas vidas pela omissão de um poder verticalizado, um poder que ludibria a fé do povo, enfia dinheiro na cueca,sapatos, bolsos do paletó, fazem uma oração e dão a descarada, esfarrapada e deslavada desculpa de que, tantos malotes de dinheiro são pra comprar panetone. Nós não queremos panetone, não! O mais doloroso é ouvir o Presidente dizer a seguinte pérola: " As imagens não falam por si só." Acho que pra eles receberem a alcunha de ladrões, as imagens deveriam mostrá-los empunhando alguma arma de fogo. Isso é assunto passado, mas revolta.

Enquanto a cidade é inundada, encostas rolam abaixo invadindo casas e soterrando famílias inteiras, os "bonitões" recebem as notícias em suas mesas fartas, assistem na TV de tela plana boardless e não estão nem aí.
Aproveitem bem, pois Deus é justo e o dia da desforra vai chegar.
Construa sua mansão como um bunker blindado com aço balístico e fechadura de nove dentes. Coloque cães, alarmes, sensores de movimento e alta segurança armada, pois o dia de desforra vai chegar e nada disso vai adiantar. Inundará sua casa, como acontece com nossas ruas. Entrará por sua porta, sua janela como a lama que desce as encostas e derruba as casas de alvenaria frágil e parede madeirite.

No silêncio de sua omissão, zombaremos de toda sua arrogância

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um breve momento...


Lá estava ela, desfilando com seu andar, lançando olhares maliciosos que lhe incriminavam e imputavam culpa os ocultos desejos.
Ela tinha um sorriso sádico, displicente... Com um certo ar de "desvenda-me".

Como eu a quis naquele breve momento...

Andava e seduzia. Dançava e se fazia ser desejada. Tudo isso com o mais perfeito e sincronizado cinismo.
Todos os homens direcionavam olhares à ela, mas o dela atravessava-os e se encontrava com o meu.
Olhava por cima dos ombros, com os vastos cabelos lhe ocultando a face desejosa e sarcástica, dando ainda mais mistério ao clima que pairava no ar.

Como eu a quis naquele momento...

Subia e descia as escadas na mais sensual malemolência. Sabia que estava sendo olhada, observada. Pausava o subir e se virava segurando o taça com bebida e uma das mãos na cintura.
Sua sensualidade era tátil e eu a quis ali, na escada, na frente de todos.
Podia despi-la ali mesmo. Tomar a taça de sua mão e bebê-la num só gole dando corpo e atos as minhas mais torpes vontades.
Beijaria sua boca de modo a matar a sede. Experimentaria em seus lábios proibidos as mais loucas nuances: Medo e coragem; força e fraqueza; desespero e calma; desejo momentâneo e paixão desmedida. Provaria o gosto de sua boca e o frescor da invejável pele fresca que veste inteiro seu corpo nu.
Seus lábios de beijos doces não me pertenciam, mesmo assim se fariam compartidos. Achei justiça ante me desejo proibido, mas aceitaria de bom grado a sentença da luxúria de meu pecado.

Agora, ela dança... transpira... transpira desejo...

... E como eu a quero neste breve momento

Depois da estia....


Meus amigos. Meus amores... A saudade de vocês foi tamanha e eu não resisti ficar longe por mais tempo.
Tô de volta e com cara nova. Graças ao meu anjo de candura, Silvia Cristina.
Foi ela quem bolou esse novo template "nublado", bem inspirada nos dia em que adoro. Valeu, amor!

Me ausentei por tanto tempo e nem sei se deixei saudades, mas estou de volta e espero que vocês ainda estejam por aqui.
Tô chegando, e vou visitá-los... Estou com muitas saudades.

Beijos e mais beijos, meus amigos. =D