sábado, 27 de junho de 2009

Gentileza é pra ser devolvida


Olá pessoal!



Essa semana eu fui ao shopping. Fui dar uma volta, relaxar, ver pessoas bonitas. Arrumei-me e fui pro ponto esperar o busão. O bus chegou, eu entrei, sorri para o cobrador e o cumprimentei. Minha cordialidade passou batida. Nesses momentos em que sou gentil (tem sido uma constante) e a pessoa faz que nem é com ela, eu sinto que fico com uma cara de imbecil que não tem tamanho.
Dentro do ônibus, fui lembrando tantas outras vezes em que fui educado e passou reto novamente.


Lembro de uma vez - dentro do ônibus - em que uma moça entrou com uma bolsa, e parecia estar muito pesada. De uma forma muito natural eu ofereci meu lugar. Ela não quis (rasguei minha cara). Descontente, eu me ofereci pra – pelo menos – segurar sua bolsa. Um não seco saiu dos lábios dela. Posso até imaginar os movimentos em câmera lenta... N-Ã-O! Até quem estava do lado de fora saberia que ela disse um não. Foi tão mímico.


Não sei por que algumas pessoas desprezam um gesto cordial, uma gentileza. Gentileza foi feita pra ser devolvida. É como um abraço. Você o dá e recebe-o de volta. Se bem que tem gente que tem um abraço mórbido, de corpo mole.
Nós homens abraçamos meio que de lado, ombro a ombro. Deve ser pra transmitir masculinidade. A cordialidade entre homens é sisuda, máscula, sem muito atrito, sem muita pele. Comigo não tem muito disso não. Logicamente que quando encontro um amigo não tem aquele frenesi que existe entre duas amigas: bater palminha, gritinho e saltinhos no ar. Mas não descarto um abraço frontal, forte e que transmita o carinho e amizade que temos.


Eu não deveria (e não vou) me sentir um imbecil quando minha gentileza passa reta. Mais imbecil é quem a rejeita.
Vou fazer como Elisa Lucinda em eu texto “Só de sacanagem”, quando diz que em meio a tantos roubos, mensalões e dinheiro em cuecas, ela vai continuar honesta.
Então, só de sacanagem eu vou sorrir ainda mais, vou cumprimentar ainda mais as pessoas na rua, sejam novas, idosas ou crianças.
Só de sacanagem vou tocar o terror, ou melhor, a gentileza.


Um beijo e ótimo final de semana a todos vocês.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Silico na justiça?


Rapidinha...



Hoje fui à casa de um amigo pra bater papo, falar um pouco da vida e de coisas engraçadas (e ele sempre tem pérolas incríveis).
A mais nova dessa semana ele assistiu na TV. Há algumas semanas atrás, no programa Superpop, estava sendo exibido um quadro que falava de próteses de um modo geral; e havia um rapaz que foi convidado ao programa pra relatar a indignação dele em relação às próteses de silicone.
O rapaz contratou um advogado pra poder processar a namorada pelo simples fato dela usar próteses nos seios. Ele alegou que se sentiu enganado porque os seios da moça eram falsos.
O advogado, coitado, explicou que não era possível encontrar brechas na lei para instaurar o processo.
Fico imaginando se houvesse brechas na lei e se a moda pegasse. O que teria de mulher tendo que retirar suas próteses ou tendo que pagar uma indenização por propaganda enganosa, não estaria no gibi. Em contra partida, algumas delas poderiam processar homens que usam Viagra. Elas alegariam, ereção artificial, o que caracteriza um desempenho falso... Rsrs.
Tem gente que vem com cada uma.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Entre elas


Gente, como eu adoro mulher!
Adoro estar perto de mulher. Posso até dizer, sem falsa modéstia, que me saio muito bem entre elas. Minha mãe diz que eu sou um mulherengo que não pode ver um rabo de saia. Discordo. Tudo bem, eu assumo que sou um pouquinho sim, mas de uma forma bem sadia, como tudo na vida deve ser.

Fui criado em uma casa onde mulher era maioria: minha mãe, minha avó, duas irmãs. Somente eu e meu irmão de homens na casa.
Os anos passaram e o progresso feminino continua por aqui. Meu irmão é pai de três meninas: Anna Rachel, Anna Esther e Anna Isabel (eu sei, ele tem mesmo uma enorme criatividade pra nomes). Minha irmã Elísia deu à luz uma florzinha chamada Maria Luíza. Definitivamente o reinado é feminino. Mas voltando a falar da minha infância nesta casa... Então... Minha mãe tinha um salão de beleza que funcionava em casa mesmo e isso aumentava ainda mais a freqüência feminina. Lembro das freguesas lindas que iam fazer as unhas, cabelos, maquiagem e etc. Eu me lembro de uma que tinha os pés mais lindos que havia visto na infância. Quando ela chegava e já havia uma fazendo as unhas, ela aguardava com os pés de molho em água morna. Eu não resistia e dizia que para os pés ficarem mais relaxados, era bom massageá-los. Eu adorava aqueles longos minutos acariciando aqueles lindos pés.

Foi nessa época que me dei conta de que mulheres possuem detalhes que deixam os homens de queixo caído (pelo menos o meu fica).
O jeito que elas mexiam nos cabelos, levantando-os até o alto revelando a nudez da nuca... Alguns fios escapavam das mãos e caiam soltos, era com se a cena rodasse em câmera lenta.
Outra coisa que eu reparava, era que as mulheres que tinham as unhas dos pés e das mãos sempre bem-feitas, eram aquelas que se cuidavam mais. Podem reparar.

Sou apaixonado por mulher e isto é um fato. A riqueza de detalhes que elas possuem é impressionante As simétricas curvas do corpo. Algumas bem rápidas, enquanto outras são ligeiramente longas e acentuadas. Desenham a leveza do corpo. E o que dizer dos sinais? Parece que foram salpicadas por constelações de estrelas.

Aprende-se muita coisa sobre mulher quando se está entre elas.
Todas querem ser ouvidas, tratadas com carinho e respeito (mas a pegada tem que ser forte. Não faça corpo mole). Querem homens que possam ser seu porto seguro quando tudo parece ruir... Sem essa de sexo frágil, mulher agüenta muito mais do que podemos imaginar. São delicadas? Sim! Mas frágeis jamais. Se quiser pode procurar no dicionário. Frágil e delicado são duas palavras bem distintas, só se igualam na fraqueza... E quem de nós, independentemente de sexo, não tem seus momentos de fraqueza?
Quem é frágil mostra sua fraqueza no físico, enquanto que o delicado se sente fraco em seus sentimentos, mas logo se anima o espírito.

Sou fã irremediável. Solteiras, casadas, viúvas, desquitadas, separadas, resolvidas, (outras nem tanto), sofisticadas, baladeiras (tchutchucas e afins), caseiras, sonhadoras, realizadas, loucas, bi-polares, desequilibradas (no salto e na vida), centradas, resolvidas, [RE]vividas, entendidas, confusas, simples, papagaiadas, as de língua solta, as introspectivas, descaradas, taradas e santas do pau oco.

A lista é bem mais longa e o universo feminino é a infinidade de todas as mulheres em uma.
Um beijo pra todas vocês.


[ A musa inspiradora na foto é Norah Jones]

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Politicando...

Alô gente!


Hoje a minha noite foi um pouco política. Fui ver o prefeito de meu município (Sandro Mattos) fazer uma palestra na quadra de uma escola perto de minha casa.
Confesso que estava meio relutante em ir vê-lo, pois sua visita me soava um tanto redundante, uma vez que todos nós sabemos quais são os problemas que devem ser enfrentados de uma forma coletiva e não individual. Mas ele bem que falou coisas pertinentes. Desenvolvimento sustentável, escolas informatizadas, obras espalhadas por toda a cidade, saúde... E blá, blá, blá.
Um ponto que chamou minha atenção foi quando disse que o salário que ele, seus secretários, subsecretários e vereadores recebem, são montantes de dinheiro arrecadado do povo, ou seja, se somos nós que pagamos - já que eles vivem dizendo que são nossos empregados - por que não é nosso (deveria ser) o poder de estipular o salário absurdo que eles recebem? Parece-me que a relação custo/benefício não é muito vantajosa para nós.
Outra coisa que também reparei demais foi a pontualidade britânica (estou sendo sarcástico) dos homens de confiança do prefeito. O homem já falava há horas e eles foram chegando depois, atrapalhando um pouco a palestra. Gozado. Se não respeitam nem a pessoa do prefeito, quem dirá a de nós munícipes.
Sandro Mattos aparenta ser um homem visionário, mente aberta. É novo, bem apessoado - aparência não conta - e percebe-se nele uma ansiedade por mudanças.
No mais, foi bem legal ver a participação e o interesse das pessoas com a política, tirando alguns chatos (sempre tem uns). Alguns anotavam o que o prefeito dizia (com certeza pra cobrar depois), outros eram verdadeiros chatos de galocha. Só faltavam gritar: "Viva o prefeito!". Ô bizarrice!
Eu não fiquei até o fim. É que as ruas aqui não são muito confiáveis à noite. E, afinal de contas, eu não ando dentro de um carro cheio de seguranças, não é Seu prefeito?! Uma boa sorte pra ti.

beijo gente!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Antes de Partir (minhas loucas ideias)


Assisti ao filme "Antes de Partir", com os atores: Morgan Freeman e Jack Nicholson (não propriamente junto com eles... É claro.). O filme mostra a história de dois homens com doenças em fase terminal. Dentro dessas condições, eles fazem uma lista de coisas que nunca imaginaram fazer (pelo menos quando gozavam sua juventude não realizaram). Algumas vezes me pego em meu silêncio e me vejo direcionado a um grande acontecimento (ou talvez me sinta assim somente). Fico constantemente me perguntando se um dia farei algo grandioso e no que seria isso. Será algo que me traga popularidade e fama ou algo que seja ínfimo à primeira vista, mas que tenha um grande valor e significado?

Significado... Lembrei de um trecho do filme que chamou bastante a minha atenção. O trecho dizia que há uma crença egípcia em relação à morte. Eles (os egípcios) acreditam que quando estivermos diante dos portões do paraíso, nos farão duas perguntas cruciais:
(1ª) "Você encontrou felicidade em sua vida?"
(2ª) "Você proporcionou felicidade à vida de outras pessoas?"
Pensou? Respondeu? Com certeza é uma filosofia muito interessante e nos leva a pensar.
Algumas de nossas buscas pelo "grandioso", por serem tão pessoais, acabam fechando nossos olhos de modo que não prestamos atenção aos que estão à nossa volta.

Todos nós pensamos em realizar coisas que nos tragam satisfação pessoal (é um pensamento clássico na mente de cada indivíduo). Todos pensam, trabalham suas ideias para que não sejam meros espectadores em um cenário repetitivo, mas não podemos esquecer que neste grande cenário, nós não atuamos sozinhos. A rotina pode ser a mesma, mas as personagens são diversas.

Tento imaginar e compreender qual será o ato grandioso que irei fazer e quantas pessoas se beneficiarão dele (além de mim).
Só tenho algumas palavras escritas nesse blog e em algumas folhas de papel. Quem sabe eu às espalhe pelas ruas, colando-as nas paredes e muros de cada esquina... Uma ínfima atitude que faça germinar ideais na mente de alguém. Isso seria grande.

domingo, 7 de junho de 2009

modelo fast-food de relacionamento

Já ouviram falar de “amigos de aluguel”? Pois é. Essa nova modalidade está em alta. Um grupo de amigos de São Paulo teve a idéia e resolveram colocar na rede. E o pior, tem gente que paga. Se você se sente sozinho em determinados períodos da vida, pode alugar um amigo por trinta minutos, uma semana ou quanto tempo você precisar. Basta pagar a bagatela de R$ 150,00(a partir de).

Eu costumo chamar tais discrepâncias de “modelo fast-food de relacionamento”. Sexo, aluguel de amigos, conselheiros amorosos e sexuais... Pegue o quanto puder, consuma e seja feliz (mesmo que por alguns minutos).
Fico impressionado como as pessoas têm fugido de relacionamentos reais, pelo contrário, essas pessoas têm migrado cada vez mais para relacionamentos de consumo. Não exigem dedicação total – até porque não se tem tempo e, tempo no mundo dos negócios é dinheiro – nem sofrimento. Mas como todo fast-food que se preza, o sofrimento vem a prazo... Longuíssimo prazo.

Os conceitos e valores de um bom relacionamento, seja ele de amizade ou de romance, estão pobres, gastos, desvalorizados e banalizados.
Vivemos uma “evolução” social que empobrece a cada dia os bons costumes.
Visamos mais os lucros capitais do que os lucros de uma convivência social. Émile Durkheim –filósofo francês- acreditava na ação de bom senso entre as pessoas, onde todos deveriam agir com justiça uns para com os outros, mas num mundo onde o capitalismo reina absoluto, essa visão romântica de Durkheim não se adéqua à realidade em voga.

Trata-se de soluções capitalistas pra mentes cada vez mais consumistas. Tudo se tornou vendável. Tudo tem um valor agregado no mercado, das coisas mais supérfluas aos sentimentos mais humanos.